A Queda da Razão e a Corrupção do Coração

Pregado no domingo à noite, 09 de novembro de 2025,
na Igreja Batista Raízes, São Carlos - SP.
Texto base: Romanos 1.19–32 (NVI)
¹⁹ pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
²⁰ Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; ²¹ porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram.
²² Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos ²³ e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis.
²⁴ Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos dos seus corações, para a degradação dos seus corpos entre si.
²⁵ Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.
²⁶ Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza.
²⁷ Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.
²⁸ Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam.
²⁹ Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, ³⁰ caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; ³¹ são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis.
³² Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.
O Silêncio de Deus e o Grito da Criação
Ao seguirmos a exposição da carta aos Romanos, chegamos agora à porção mais sombria da análise que o apóstolo faz da condição humana. Se o versículo 18 nos revelou que a ira de Deus se manifesta do céu contra toda impiedade e injustiça, agora Paulo nos mostra por que essa ira é justa. O problema do homem não está em falta de evidências sobre Deus, mas em rebelião consciente contra a verdade.
O apóstolo declara, "O que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou." Em outras palavras, o ser humano nunca esteve no escuro completo. A criação é uma pregação constante da glória de Deus. Os céus declaram, as montanhas proclamam, o mar ecoa, e a consciência do homem testemunha. É o que a teologia chama de revelação geral.
Quando Paulo diz "o que de Deus se pode conhecer", ele se refere àquilo que o homem pode perceber de Deus sem precisar da Bíblia: Seu poder, Sua sabedoria, Sua majestade, Sua providência e Sua bondade.
E repare, "Deus lhes manifestou". A revelação não é uma descoberta humana; é um ato de condescendência divina. O ateísmo não nasce da ignorância, mas da resistência. O homem é cego, não porque não haja luz, mas porque fecha os olhos deliberadamente.
Deus gravou vestígios de Sua glória na natureza e no coração humano. Mesmo o pagão que jamais ouviu o nome de Cristo sabe, no íntimo, que existe um Criador. Paulo afirma que "seus atributos invisíveis, seu eterno poder e sua divindade são claramente vistos". Mas o drama trágico é este, o homem vê, mas não adora; percebe, mas não se curva. Ele não ignora a verdade, ele a suprime.
Imagine, por um instante, um universo sem voz, um mundo onde Deus houvesse decidido calar-se.
Nenhum trovão ecoando Sua majestade, nenhuma estrela testemunhando Sua grandeza, nenhum coração humano sentindo o peso do eterno.
Um cosmos frio, indiferente, entregue ao acaso.
Mas no início dessa passagem das Escrituras o apóstolo Paulo nos diz o oposto, Deus nunca ficou em silêncio.
Desde a aurora da criação, o Senhor fala.
Fala nas ondas do mar, no vento que move as folhas, na ordem dos céus e, sobretudo, na consciência humana.
O problema do mundo não é que Deus não se manifeste, é que o homem não quer ouvir. A tragédia humana não é o silêncio de Deus, mas a surdez voluntária do coração.
Nas passagens anteriores, que tratei em meus últimos sermões, Paulo havia traçado o fundamento do Evangelho:
"Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê; … porque nele se revela a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé."
E, logo em seguida, ele introduziu a razão por que o Evangelho é necessário:
"Pois a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça."
Até aqui, o apóstolo nos mostrou duas revelações simultâneas:
- A revelação da justiça de Deus no Evangelho — fonte de vida para o crente;
- E a revelação da ira de Deus contra o pecado — fundamento do juízo divino sobre toda impiedade.
Agora, nos versículos 19 a 32, Paulo avança e nos explica por que a ira de Deus é justa.
Ele nos revela que o homem não peca na ignorância, mas contra a luz.
Não se extravia por falta de informação, mas por rejeição da revelação.
Deus Se fez conhecido, no mundo criado e na consciência humana; e o homem respondeu com indiferença, ingratidão e idolatria.
Aqui, Paulo desenha a espiral decadente da humanidade:
- do conhecimento de Deus à rejeição de Deus,
- da rejeição à idolatria,
- da idolatria à imoralidade,
- e da imoralidade à inversão completa da moral.
O Retrato Do Homem Sem Deus
Romanos 1.19–32 é o retrato do homem sem Deus, não apenas do pagão antigo, mas do homem moderno, civilizado, tecnológico e autossuficiente, que troca o Criador pelas criaturas e chama sua rebeldia de liberdade.
É o retrato de uma humanidade que não apenas pratica o mal, mas o aprova; que não apenas suprime a verdade, mas zomba dela.
Mas o objetivo do apóstolo não é nos lançar ao desespero, e sim preparar o terreno para a graça.
Ele pinta o pano de fundo escuro para que a luz do Evangelho brilhe ainda mais intensa.
- Porque a mesma justiça que condena também justifica;
- a mesma ira que pune o pecado foi satisfeita na cruz;
- o mesmo Deus que entregou os homens às suas paixões entregou o Seu Filho para salvá-los.
Aqui, Deus nos mostra o que acontece quando o homem tenta viver sem Ele.
Essa recusa em reconhecer o Criador é a semente de toda decadência moral. Quando o homem rejeita Deus, não se torna livre, mas escravo de suas próprias trevas. Ao negar o Criador, ele cria ídolos. É isso que Paulo descreve: "Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças." (v. 21)
A ingratidão é a primeira expressão da impiedade. O homem moderno, tão culto, tão tecnológico, continua repetindo o mesmo pecado de Adão: quer ser como Deus.
Irmãos, toda manhã, a criação prega um sermão silencioso sobre a glória de Deus. Cada respiração é uma prova da Sua existência. A fé cresce quando olhamos para o mundo e vemos nele a assinatura de Deus.
Você ainda se maravilha diante do pôr do sol, do nascimento de uma criança, do milagre da vida?
Quando negligenciamos a adoração, caímos na mesma armadilha do mundo; sabemos que Ele é Deus, mas vivemos como se fôssemos nós.
A primeira idolatria nasce quando o coração deixa de ver Deus nas coisas simples.
A Idolatria Leva À Degradação Moral
Paulo traça então uma sequência inevitável: a rejeição da revelação leva à idolatria, e a idolatria leva à degradação moral. O texto diz que "se tornaram nulos em seus raciocínios, e o coração insensato se obscureceu." (v. 21)
Aqui está a queda da razão humana, não é uma queda intelectual, mas moral. O problema não está na mente que pensa, mas no coração que ama o erro. A luz do entendimento se apaga quando o coração se afeiçoa às trevas.
Este versículo descreve o espírito daquele século, e de todos os séculos.
A humanidade se orgulha de seu conhecimento, de suas conquistas, de sua ciência.
Mas Paulo diz: quando o homem declara independência de Deus, a sabedoria se torna loucura. É a loucura da autossuficiência, da soberba intelectual.
A queda começou quando o homem quis "ser como Deus" (Gn 3.5); e até hoje, a loucura continua sob o disfarce da sabedoria.
Cuidado com o tipo de sabedoria que o mundo admira.
Muitas vezes, o que o mundo chama de progresso, Deus chama de rebelião.
A verdadeira sabedoria é humilde, reverente e obediente. Não é acumular informação, é submeter o coração à revelação.
O apóstolo Paulo diz que o homem "trocou a glória do Deus incorruptível por imagens de homens, aves, quadrúpedes e répteis." (v. 23)
Aqui está o nascimento da idolatria.
Quando o homem rejeita Deus, ele não fica neutro, ele cria deuses.
A idolatria é a religião da criatura que se recusa a adorar o Criador.
O apóstolo mostra uma descida em espiral, do homem para os animais, até os répteis. É o rebaixamento da glória, a degradação da imagem.
Hoje, os ídolos não são feitos de pedra, mas de telas e papel: poder, fama, prazer, dinheiro.
O homem continua trocando o Deus incorruptível pelas obras de suas mãos, pelos algoritmos. O homem moderno não ergue altares de pedra, mas adora a si mesmo com a mesma devoção dos pagãos. Ele se curva diante da imagem do sucesso, da beleza, da autonomia, e chama isso de liberdade.
Aqui fica um alerta para nós: Examine o seu coração, o que ocupa mais seus pensamentos e desperta mais seu afeto?
Tudo o que substitui Deus em nossa confiança, em nossa alegria ou em nossa esperança é idolatria.
Você pode pregar sobre Deus e ainda assim servir a outro senhor; o ego, o reconhecimento, o conforto.
O Evangelho não apenas destrói ídolos; ele reconduz o coração ao verdadeiro culto.
O Juízo Do Abandono
E então o texto repete três vezes uma expressão terrível: "Por isso Deus os entregou..." (vv. 24, 26, 28).
Essa é a pior forma de juízo divino, quando Deus, em resposta ao endurecimento do coração humano, retira Suas restrições e permite que o homem colha o fruto do seu próprio pecado. É o que Lloyd-Jones chamou de "o juízo do abandono".
Deus não precisa enviar raios do céu para punir, basta deixar o homem entregue a si mesmo.
Primeiro, Deus os entrega "à impureza" (v. 24); o corpo, criado para refletir a imagem de Deus, é usado para desonra.
Depois, os entrega "a paixões vergonhosas" (v. 26); a ordem natural da criação é invertida.
E, por fim, os entrega "a uma disposição mental reprovável" (v. 28); a mente, que deveria discernir o bem e o mal, passa a chamar o mal de bem e o bem de mal.
Essa sequência descreve não apenas o mundo antigo, mas a civilização moderna. A impureza sexual é celebrada, a perversão é normalizada, e a razão foi substituída pela paixão. Vivemos dias em que a moralidade é invertida; o pecado virou virtude, e a santidade, ofensa.
Mas isso não é progresso, é o sintoma de um povo que Deus entregou à própria cegueira.
Quando o homem insiste em viver sem Deus, o juízo de Deus é deixá-lo viver sem freios.
Esse é o juízo do abandono, Deus deixa o homem colher as consequências da sua rebeldia.
Percebam, a idolatria espiritual gera impureza moral. A desonra começa no coração e termina no corpo.
Entenda uma coisa importante meu irmão, toda vez que o Espírito Santo nos convence do pecado, isso é graça.
O pior castigo que Deus pode dar a um homem é deixá-lo em paz em sua própria vontade.
Por isso, quando Deus te confronta, agradeça.
A correção divina é sinal de amor, não de rejeição.
O Resultado Da Idolatria
"Pois trocaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram a criatura em lugar do Criador, que é bendito eternamente. Amém." (v. 25)
O cerne da idolatria é a troca da verdade pela mentira.
A verdade liberta, mas a mentira seduz.
E o homem, ao preferir o engano, passa a servir à criatura em vez do Criador.
Paulo interrompe o raciocínio com uma doxologia; "bendito para sempre. Amém." É como se dissesse: ainda que o mundo O negue, Deus continua digno de louvor.
Mesmo em meio a um mundo que despreza a Deus, a igreja deve erguer a voz e dizer: "Bendito seja o Senhor para sempre."
"²⁶ Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza.
²⁷ Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão." (vv. 26–27)
A consequência da idolatria é moral; e a desordem espiritual se torna desordem sexual.
Quando se rejeita o Criador, perde-se o sentido da criação.
O corpo, que deveria ser templo, torna-se palco de paixões degradantes.
O pecado sexual é descrito aqui como sintoma de uma alma que trocou a verdade por mentira.
Vivemos dias em que o pecado é celebrado e o arrependimento é ridicularizado.
Mas o Evangelho nos chama à santidade, não por moralismo, e sim por amor.
A pureza cristã é uma forma de dizer: "Senhor, o meu corpo Te pertence."
Se o mundo troca o Criador pelas criaturas, o cristão responde: "Não! O meu prazer é estar em Cristo."
"Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam." (v. 28)
O terceiro "Deus os entregou" revela o juízo final, a mente reprovada.
O homem que rejeita o conhecimento de Deus perde o senso do bem e do mal.
O pecado não é apenas feito; é justificado.
O raciocínio se corrompe, a consciência se distorce e o pecado passa a ser chamado de "virtude".
Ore para que Deus não te entregue a ti mesmo.
Peça a graça de manter a mente cativa à Palavra. A sanidade espiritual é dom de Deus.
Em um mundo que perdeu o juízo moral, a igreja precisa ser a voz da razão divina.
Uma Conclusão Aterradora
²⁹ Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, ³⁰ caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; ³¹ são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. (v. 29-31)
Paulo encerra o capítulo com um diagnóstico assustador; uma sociedade cheia de toda injustiça, malícia, ganância e depravação; cheia de inveja, homicídio, engano e malícia; sem amor, sem misericórdia. E o pior, "Sabendo que são passíveis de morte, não só continuam a praticá-las, mas também aprovam os que as fazem." (v. 32)
Esse é o ponto mais baixo da queda humana: não apenas praticar o mal, mas aplaudi-lo. O pecado deixa de ser vergonha e torna-se motivo de orgulho.
Mas note, tudo começou com uma rejeição aparentemente simples: a negação da revelação de Deus.
O homem que rejeita o conhecimento de Deus acabará distorcendo o conhecimento de si mesmo. A crise do nosso tempo não é científica nem política; é teológica. Perdemos o senso do divino e, por isso, perdemos o senso do humano.
A ira de Deus, portanto, não é uma explosão repentina no futuro, é uma realidade já em andamento. Quando Deus é esquecido, o homem se autodestrói. E essa autodestruição é o próprio juízo. O apóstolo mostra que a civilização sem Deus não apenas decai; ela se desintegra.
Mas tomemos cuidado, cada palavra dessa lista é um espelho.
O cristão verdadeiro não lê esse texto para apontar o dedo, mas para examinar o coração.
Quantas vezes o orgulho, a dureza, a falta de misericórdia se escondem atrás de uma aparência piedosa?
O Evangelho não apenas denuncia o pecado do mundo, ele purifica o nosso próprio coração.
Mas há esperança
A mesma carta que expõe o abismo da impiedade nos conduz ao cume da graça. Depois de descrever a ruína do homem em Romanos 1–3, Paulo anunciará em Romanos 3.21: "Mas agora se manifestou uma justiça que vem de Deus..."
É por isso que este capítulo não termina em desespero, mas em necessidade. A treva de Romanos 1 prepara o caminho para a luz de Romanos 3. O Evangelho não é uma resposta às carências do homem, mas a resposta de Deus à Sua própria ira. Cristo é o Cordeiro que suporta o juízo para reconciliar os ímpios com o Santo.
Se o versículo 18 mostrava a ira de Deus revelada do céu, e os versículos 19 a 32 mostram a razão dessa ira, o restante da carta nos mostrará a única fuga, a justiça de Deus revelada no Evangelho.
Que esta Palavra nos desperte do torpor espiritual e nos faça ver que a decadência moral do mundo é um espelho da nossa própria necessidade de graça. Não sejamos como aqueles que suprimem a verdade, mas como os que se rendem à verdade. Que nossa mente seja renovada, nosso coração purificado e nossa vida transformada.
E quando olharmos para o Calvário, lembremo-nos, ali está o juízo e ali está a salvação. A ira que nos era destinada foi derramada sobre o Filho. O Deus que revelou Seu desagrado contra o pecado é o mesmo que, por amor, desceu para suportá-lo em nosso lugar.
Portanto, não sufoquemos a verdade, mas confessemos o Senhorio de Cristo.
Não adoremos as criaturas, mas o Criador.
Não busquemos a aprovação do mundo, e muito menos cedamos aos desejos de nossa carne, mas sempre à graça do Deus que ainda convida os pecadores à reconciliação.
O mundo moderno continua dizendo: "Não há Deus". Mas o Evangelho responde: "O Deus que vocês negam veio ao mundo, e morreu por vocês."
Essa é a grande notícia que ainda transforma corações e restaura o que o pecado corrompeu.
"O mesmo Deus que revelou Sua ira contra o pecado revelou, na cruz, o Seu amor pelo pecador. A verdade que o mundo suprime é a graça que o pode salvar."
Oração de Encerramento
Senhor nosso Deus e nosso Pai, diante da Tua Palavra, nos curvamos em santa reverência.
O Senhor nos mostrou, ó Deus, a profundidade da queda humana, o coração que Te rejeitou, a mente que se tornou reprovada, o mundo que se gloriou no que é vergonha.
Mas ao mesmo tempo, Senhor, contemplamos a cruz do Teu Filho, e ali vemos a Tua justiça satisfeita e o Teu amor derramado.
Obrigado, Pai, porque o Deus que revela a ira é o mesmo que provê o escape.
Porque onde abundou o pecado, superabundou a graça.
Livra-nos, Senhor, de um cristianismo superficial, que teme mais desagradar os homens do que entristecer o Teu Espírito.
Dá-nos olhos limpos para ver a Tua glória na criação e na redenção; dá-nos um coração grato, que Te adore com verdade; dá-nos uma mente cativa a Cristo, que não se conforme com este século; e dá-nos pés firmes para caminhar na santidade, mesmo quando o mundo inteiro caminha na direção contrária.
Abençoa, Senhor, cada irmão e irmã aqui presentes: desperta os que dormem, consola os aflitos, corrige os desviados, fortalece os fiéis e salva os perdidos.
Que esta mensagem grave em nossos corações a certeza de que não há refúgio fora de Cristo, e que toda esperança verdadeira está na cruz.
Louvado seja o Teu nome, ó Deus Santo e Justo, porque Tu és o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Em nome de Jesus Cristo, nosso Redentor, nosso Refúgio e nossa Justiça, Amém.
Bibliografia
BEEKE, J. R. (2022). Teologia Sistemática Reformada: Deus, Criação e Providência. São José dos Campos: Editora Fiel.
Calvino, J. (2013). Romanos. São José dos Campos - SP: Editora Fiel.
EDWARDS, J. (2018). A Liberdade da Vontade. São Paulo: PES.
Hendriksen, W. (2011). Romanos. São Paulo: Editora Cultura Cristã.
Lloyd-Jones, D. M. (2021). Romanos 1 - Evangelho de Deus. São Paulo: PES.
Sagrada, B. (2003). Bíblia de Estudo NVI. São Paulo: Editora Vida Nova.
NOTA
A revisão textual foi realizada com o auxílio do ChatGPT (modelo GPT-5, OpenAI, 2025), utilizado unicamente como instrumento de apoio técnico e literário, sob a supervisão direta do autor.
O conteúdo teológico e a mensagem pastoral permanecem integralmente fiéis ao pensamento, à convicção e ao ministério do Pr. Cresencio, sendo o uso da tecnologia limitado à lapidação da linguagem, uniformização estilística e precisão terminológica, sem qualquer interferência na substância doutrinária.
