Unidade sem compromisso com o erro
Por: Reginaldo Cresencio

Imagine uma pessoa diante de um trilho ferroviário dividido. Um trem desgovernado vem em alta velocidade, e ela está junto à alavanca que pode mudar o destino do trem. Em um dos trilhos, brinca o seu próprio filho — o único. No outro, há seis crianças, desconhecidas. O tempo é curto, e ela tem que decidir: salvar o seu filho amado ou salvar as seis crianças?
Esse é o drama de muitas lideranças espirituais e de todo cristão fiel: deixar que o trem da cultura, do legalismo, da pressão social ou da falsa paz atinja a verdade do evangelho (o "filho amado") ou desviar o impacto em direção a outras vidas, preservando a verdade, mas pagando um preço relacional, emocional ou até físico.
A história da igreja cristã é marcada por uma constante tensão entre a fidelidade ao evangelho e o apelo à unidade. Em tempos de pressão cultural, divergências doutrinárias ou disputas internas, a igreja sempre foi desafiada a buscar a paz — sem renunciar à verdade.